Número: APS1442

"a tua cintura moldou-a o meu braço como um rio"

Tipo

objecto

Subtipo

medalha

Resumo

Medalha em bronze com dois versos do poema «Bela», de Pablo Neruda, em Português. Medalha da série “Eros”.

Autor

Raposo de França

Local

Portugal

Material 1

bronze

Exemplar

reprodução

Nº de exemplares

1

Dimensão

6x6x1 cm

Origem

compra

Ano de aquisição

2015


Outras informações: Medalha comprada em França. Medalha da série “EROS” composta por seis medalhas dos escultores Helder Batista, Raposo França, Vítor Santos, José Aurélio, José Simão e José Teixeira. Poema «Bela» - Bela,/ como na pedra fresca da fonte, a água/ abre um vasto relâmpago de espuma,/ assim é o sorriso do teu rosto,/ bela./ Bela,/ de finas mãos e delicados pés/ como um cavalinho de prata,/ caminhando, flor do mundo,/ assim te vejo,/ bela./ Bela,/ com um ninho de cobre enrolado/ na cabeça, um ninho/ da cor do mel sombrio/ onde o meu coração arde e repousa,/ bela./ Bela,/ não te cabem os olhos na cara,/ não te cabem os olhos na terra./ Há países, há rios/ nos teus olhos,/ a minha pátria/ está nos teus olhos,/ eu caminho por eles,/ eles dão luz ao mundo/ por onde quer que eu vá,/ bela./ Bela,/ os teus seios são como dois pães feitos/ de terra cereal e lua de ouro,/ bela./ Bela,/ a tua cintura/ moldou-a o meu braço como um rio quando/ passou mil anos por teu doce corpo,/ bela./ Bela,/ não há nada como as tuas coxas,/ talvez a terra guarde / em algum lugar oculto/ a curva e o aroma do teu corpo,/ talvez em algum lugar,/ bela./ Bela, minha bela,/ a tua voz, a tua pele, as tuas unhas,/ bela, minha bela,/ o teu ser, a tua luz, a tua sombra,/ bela,/ tudo isso é meu, bela,/ tudo isso é meu, minha,/ quando caminhas ou repousas,/ quando cantas ou dormes,/ quando sofres ou sonhas,/ sempre,/ quando estás perto ou longe,/ sempre,/ és minha, minha bela,/ sempre. - Pablo Neruda, in "Os Versos do Capitão"